CORPO ESTRANHO - visualidade
performance na Av. da República, outono de 2021
Para iniciar a segunda etapa do trabalho incorporou-se elementos e artifícios de outra artista. Anastasia Savinova, em sua série chamada LandFace, cria uma série fotográfica onde explora a conexão íntima com elementos da natureza local para absorver e se mesclar ao ambiente natural. Para a abordagem visual incorporou-se elementos mais urbanos, presentes na Av. da República, para a sincronia do artista com o espaço. A partir dessa experiência, o que antes o era estranho e indesejado, torna-se pessoal e íntimo e é estabelecido um laço de continuidade do corpo com o ambiente, um tratado de conciliação:
"Sinto-me mais presente pois aceitei que somos estranhos, forasteiros: eu e o espaço estamos de passagem. Para onde o tempo leva-me e a este lugar com tanta urgência? Por que as coisas parecem tão opacas, sem vitalidade? Existe vida escondida, desapercebida. É necessário usar as lentes da sensibilidade: elas estão dispostas neste chão, nos muros, deitadas nos cantos, abandonadas. Trajei-os e percebi que a vida está aqui, por vezes opaca, apagada pelo tempo, levada pela efemeridade, mas ainda assim viva, rápida e dinâmica como este instante que passou."